terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Indústria metalúrgica cortou 11,3 mil vagas só neste ano

Do mês de janeiro até o mês de setembro de 2015, a indústria metalúrgica demitiu mais ou menos 11,3 mil funcionários no Grande ABC, de acordo com os três sindicatos que representam a categoria na localidade. O número equivale a mais ou menos quarenta e duas dispensas por dia e corresponde a pouco mais da metade do que foi registrado em todas as fábricas locais.
A maior parte dos cortes aconteceu na base do Sindicato dos Metalúrgicos que fica localizada no ABC, que abrange São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Foram fechados 7.705 postos de trabalho formais no acumulado do ano, sendo 2.173 nas montadoras de automóveis de São Bernardo. 
A cidade conta com 5 fábricas do tipo: Ford, Mercedes-Benz, Scania, Toyota e Volkswagen. Outros 1.992 foram demitidos das indústrias de autopeças, enquanto 3.540 cortes aconteceram nas outras fábricas do setor.
As pessoas que representam o sindicato não foram localizados para comentar os dados. Sendo assim, a assessoria de imprensa da entidade diz que a quantidade de cortes nas montadoras foi menor em razão de as empresas terem aderido ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego), plano lançado neste ano pelo governo federal e que proporciona ao empregador fazer com que fique menor os salários e a jornada de trabalho em até trinta por cento durante momentos de crise. Na base, Ford, Mercedes e Volkswagen aderiram.
Em Santo André e Mauá, foram vistas mais ou menos de 2.000 dispensas, de acordo com Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro, secretário-geral do sindicato que representa os metalúrgicos dessas duas cidades – que não tem montadoras, mas contam com forte indústria de autopeças. 
Sem contar com do desaquecimento da economia do País, o sindicalista fala sobre  outro motivo que agravou a situação específica desse mercado: o fim da fabricação, no ano de dois mil e quatorze, dos modelos Kombi e Gol G4 (ambos da Volkswagen) e Uno Mille, da Fiat. “De acordo com esses veículos vão saindo de circulação, reduz a demanda por peças de reposição. Com isso, as fábricas têm de ajustar o quadro de funcionários”, diz.
Fonte: dgabc

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