A extensão a que chegaram as demissões na indústria metalúrgica proporciona uma enorme preocupação em polos produtores não só do aço, como da cadeia que era movida pelo setor.
Em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, o sindicato local dos metalúrgicos contou com as dispensas de 3,2 mil funcionários no último ano que estavam por mais mais de um ano em serviço.
De acordo com o presidente da entidade e da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos da Força Sindical em Minas, Ernane Geraldo Dias, dos vinte e três produtores independentes de ferro-gusa que trabalham na cidade, 9 deles estão operando e do total de trinta e sete fornos que tem, somente treze continuam ligados.
O desemprego é enorme também nas empresas do setor de autopeças, que atendem às montadoras Iveco, do grupo Fiat, que tem a sua instalação em Sete Lagoas, e à fábrica de automóveis da empresa italiana de Betim, localizada Grande Belo Horizonte.
“Nós moramos um cenário extremamente ruim. O Dieese aponta que o nosso país vai poder ver mandados embora mais de trinta mil metalúrgicos nos primeiros seis meses”, disse a Ernane Dias.
Em Minas Gerais, dados da Fiemg mostraram que no ano de dois mil e quinze o nível do emprego no ramo da metalurgia reduziu 8,7 por cento, de acordo com a média de 7,3 por cento da indústria no estado. No mês de dezembro, a atividade operava com 58,4 por cento da sua capacidade completa instalada de produção.
Entre as siderúrgicas que falaram sobre o desligamento de altos-fornos, como ajuste à crise do setor, estão Usiminas, em Ipatinga e Cubatão, e CSN.
A siderúrgica mineira confirma que até esse mês 1,8 mil funcionários diretos vão ter sido mandados embora na usina paulista.
A companhia teve como decisão concentrar toda a execução de ferro-gusa e aço na nova usina de Jeceaba, na Região Central de Minas Gerais. Na usina de BH vão continuar operando os laminadores e as plantas de acabamento de tubos.
Fonte: diariodepernambuco
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