quinta-feira, 2 de julho de 2015

Belo Monte, uma usina de promessas

O nosso país está prestes a ver mais um reservatório de usina hidrelétrica ocupar diversos espaços que antes serviam para a múltiplos usos. A história se repete, com nuances de diferenças e diversas similaridades. 

A hidroeletricidade é destacada como uma das energias ambientalmente realmente mais limpas do planeta, no entanto, não se pode dizer o mesmo de seus muitos impactos sociais. A hidrelétrica de Belo Monte está situada em uma das regiões de maior socio biodiversidade, do Brasil, extremamente próxima ao Parque Indígena do Xingu e de Altamira, cidade que sempre foi um portal para a Amazônia. 

Principal obra da 1a fase do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), a construção da usina de Belo Monte foi iniciada em 2011 e tem sido coberta por tropeços em sua implantação e carregada de passivos ambientais e sociais.

A falta de um cronograma completamente claro e definição de responsabilidades para as contrapartidas assumidas pela Norte Energia, companhia responsável pela obra, transforma qualquer minúscula demanda em um gigantesco jogo de empurra entre os atores envolvidos.  As obras das estações de tratamento de água e saneamento em Altamira são exemplos desses impasses. 

A companhia entregou para a prefeitura toda a infraestrutura que garantiria água de excelente qualidade e o tratamento de esgotos, contudo, não quer realizar as ligações aos imóveis que consomem a água e geram os esgotos. Nesse procedimento foram investidos R$ 485 milhões e a população ainda depende de poços e fossas no dia a dia.

Belo Monte

Fonte: Carta Capital

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