terça-feira, 25 de agosto de 2015

Moradores de Juiz de fora reclamam de fumaça de metalúrgica

As pessoas que moram no Bairro Igrejinha, na Zona Norte de Juiz de Fora, vivem desde o dia trinta com um volume enorme de fumaça expelido por uma metalúrgica, que tem sede no ambiente. 
O transtorno é recorrente, mas nas últimas horas a fumaça ficou extremamente forte e tem proporcionado um enorme desconforto respiratório, de acordo com relatos dos habitantes.
Luis Carlos Nascimento, que é o presidente da Associação de Moradores do Bairro Igrejinha, confirmou a situação. 
“As pessoas da empresa me falaram que a fumaça tem a possibilidade de ir a até amanhã ou sábado. Hoje está muito ruim, um gosto ruim na boca, complicado para respirar. A comunidade toda está assim”, disse.
Ainda de acordo com o Nascimento, o fato acontece bastante no ambiente. “Esse transtorno já tem um tempo, um dos fornos deles está com defeito e as vezes a fumaça chega até as casas dos indivíduos. Já fomos atrás da diretoria e eles falaram que iriam mudar, e parece que eles tão fazendo isso agora”, afirmou.
Jéssica Verônica mora no bairro há vinte e quatro anos e sente os efeitos da fumaça. “Todos os dias a empresa solta essa fumaça, porém tá piorando bastante. Nos dias de hoje o cheiro está extremamente ruim, a garganta irritando bastante. Meu filho tem bronquite e está sofrendo muito também”, disse.
Ela quis um posicionamento da empresa. “O transtorno é a que nós não temos resposta. No momento em que ligamos para reclamar, eles falam que vão mandar alguma pessoa aqui para conversar, porém nós não queremos isso, queremos melhoria. Há alguns dias tiveram que parar as aulas na escola e dispensar os alunos por conta do cheiro”, falou.
A Votorantim Metais mandou nota em que esclarece que a fumaça proporcionada nesta quinta-feira não é nociva ao meio ambiente ou à saúde das pessoas que moram no bairro. 
Bairro Ingrejinha, em Juiz de Fora (Foto: Jéssica Verônica/Arquivo Pessoal)
Fonte: g1

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Metalúrgica do ABC vai aderir ao plano de proteção ao emprego



A Trefilação União, uma empresa metalúrgica de São Bernardo do Campo que produz produtos de aço para fins industriais, é a segunda companhia do ABC paulista a se unir ao PPE, o programa de proteção ao emprego lançado no início do mês passado pelo governo federal para auxiliar empresas a superar a crise sem quaisquer demissões.

Segundo o sindicato dos metalúrgicos da área, os 114 trabalhadores da União aprovaram nesta terça em assembleia o acordo coletivo para junção ao programa. Pelos termos aprovados, a companhia, em troca da total garantia da manutenção dos empregos, vai diminuir por seis meses a jornada de trabalho e os salários em 20%.  A perda salarial do operário baixa, no entanto, para 10% por conta do complemento de até R$ 900,00 realizado pelo governo com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Para ter total acesso ao grande benefício, o acordo em união ainda necessita ser devidamente validado pelo Ministério do Trabalho.

O sindicato do ABC fala que o acordo fechado com a Trefilação União prevê grande estabilidade dos empregos por 2 meses além dos 8 previstos pelo PPE. Nesse tempo, a companhia fica impedida de dispensar arbitrariamente ou sem justa causa os funcionários, sob a pena de ser expulsa do programa.

Na última quarta, a Rassini Automotive, produtora de molas para suspensão de veículos, também instalada em São Bernardo, já tinha fechado acordo em união para adesão ao PPE. Antes dela, a Grammer, que cria assentos automotivos em Atibaia, também tinha fechado, no mês passado, o mesmo acordo.


Fonte: Valor

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Oposição Sindical Metalúrgica avança em diálogo com GM de São Caetano

No dia 04/08, quatro representantes dos diversos metalúrgicos que estão mais de 20 dias acampados na entrada da General Motors do Brasil, em São Caetano, no ABC paulista, estiveram juntos com o ministro do Trabalho, Manoel Dias.

Participou também da importante reunião o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP). “O ministro garantiu que buscará a direção da GM para intermediar uma essencial solução para preservar os empregos”, diz Denis Caporal, dirigente da Fitmetal (Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil) e militante da Oposição Sindical Metalúrgica CTB SCS, presente na reunião unido com Paulo Reis, Miguel Rodrigues Calvente Filho e com o presidente da Fitmetal, Marcelino Rocha.

Caporal diz que os metalúrgicos da oposição tomaram a total iniciativa da luta em defesa do trabalho "porque o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano não fez nada". Logo que a GM anunciou a demissão de 550 trabalhadores, eles acamparam em frente à indústria para conseguir uma negociação. "Mostramos estar totalmente dispostos a ir até o fim para manter nossos imprescindíveis empregos. Sabíamos também que não podíamos contar com a direção do sindicato já que ela trabalha contra os interesses da classe trabalhadora”, diz Caporal.

Além de continuarem acampados, os metalúrgicos começaram a executar protestos nas sextas-feiras com o grande objetivo de denunciar a situação. “Demos um passo extremamente importante com a garantia de que o ministro do Trabalho se comprometeu em ajudar a defender nossos empregos”, assegura Caporal. Uma nova reunião com os diretores da GM já está agendada para esta sexta-feira (7). “Até o momento eles prometem estudar cautelosamente caso a caso, principalmente dos demitidos com estabilidade por motivo de saúde, entre muitos outros. Até mulheres grávidas foram demitidas”, diz ele.

Para ele, o anúncio da GM de que irá investir R$ 13 bilhões até 2019 nas indústrias do país mostra total confiança na economia do Brasil e na capacidade produtiva dos trabalhadores daqui. “Agora esperamos que prevaleça o completo bom senso e que, nesta sexta, já tenhamos nossos cargos de volta”, defende. "Principalmente porque não podemos esperar a essencial boa vontade do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de nossa cidade, o Cidão (Aparecido Inácio da Silva), que inclusive é vereador pelo partido Solidariedade, o mesmo do Paulinho da Força".






Fonte: Portal Vermelho

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Metalúrgica Dedini estuda aderir a plano que reduz jornada e salários

A grande metalúrgica Dedini S/A de Piracicaba (SP) estuda se unir ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), anunciado pelo governo federal. O plano diminui a jornada de trabalho e corta salários de empregados de empresas em dificuldades financeiras. Em nota oficial, o presidente da companhia, Sérgio Leme dos Santos, afirmou que averigua "as condições para participação". Segundo a União, a iniciativa foi inaugurada com o objetivo de frear as demissões no Brasil.

“Avaliamos como uma iniciativa extremamente importante do Governo que deverá ser seguida de outras ações para preservar a indústria nacional de bens de capital”, disse Santos em nota enviada na quinta-feira (23). O presidente da Dedini ainda estava em grande dúvida se empresas de qualquer segmento poderiam aderir ao PPE, mas a assessoria do Ministério do Trabalho afirmou por telefone ao G1 que o plano é para companhias de qualquer setor.

Para participar, as companhias terão que comprovar ‘índice’ de geração de empregos e precisarão acabar primeiro a utilização do banco de horas e períodos de férias, inclusive coletivas. Os interessados em se unir podem se inscrever até o dia 31 de dezembro. O período máximo de adesão é de um ano e, durante esse período, a empresa não vai poder demitir, sem justa causa, nenhum empregado.

Os empregados da Dedini de Piracicaba e Sertãozinho (SP) entraram em greve na segunda-feira (20), após protestos para reivindicar o salário atrasado do mês 07 e pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e férias. A manifestação teve a presença de trabalhadores das quatro áreas da companhia (administrativo, mecânica, fundição e caldeiraria).

Os empregados de Sertãozinho voltaram ao trabalho na terça-feira (21), após diversas promessas de que os salários atrasados nos últimos meses serão pagos em 5 parcelas até a segunda quinzena de agosto. Em Piracicaba a greve continua pelo menos até o dia 27.

Sobre a possível união da compahia ao PPE, o diretor do sindicato dos metalúrgicos, João Carlos Ribeiro, disse que precisa analisar melhor o assunto. “Qualquer opção que vier, o sindicato está pronto para o diálogo. O que não dá é para trabalhar sem receber nada”, disse.

Fonte: Expresso MT