segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Metalúrgica Dedini estuda aderir a plano que reduz jornada e salários

A grande metalúrgica Dedini S/A de Piracicaba (SP) estuda se unir ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), anunciado pelo governo federal. O plano diminui a jornada de trabalho e corta salários de empregados de empresas em dificuldades financeiras. Em nota oficial, o presidente da companhia, Sérgio Leme dos Santos, afirmou que averigua "as condições para participação". Segundo a União, a iniciativa foi inaugurada com o objetivo de frear as demissões no Brasil.

“Avaliamos como uma iniciativa extremamente importante do Governo que deverá ser seguida de outras ações para preservar a indústria nacional de bens de capital”, disse Santos em nota enviada na quinta-feira (23). O presidente da Dedini ainda estava em grande dúvida se empresas de qualquer segmento poderiam aderir ao PPE, mas a assessoria do Ministério do Trabalho afirmou por telefone ao G1 que o plano é para companhias de qualquer setor.

Para participar, as companhias terão que comprovar ‘índice’ de geração de empregos e precisarão acabar primeiro a utilização do banco de horas e períodos de férias, inclusive coletivas. Os interessados em se unir podem se inscrever até o dia 31 de dezembro. O período máximo de adesão é de um ano e, durante esse período, a empresa não vai poder demitir, sem justa causa, nenhum empregado.

Os empregados da Dedini de Piracicaba e Sertãozinho (SP) entraram em greve na segunda-feira (20), após protestos para reivindicar o salário atrasado do mês 07 e pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e férias. A manifestação teve a presença de trabalhadores das quatro áreas da companhia (administrativo, mecânica, fundição e caldeiraria).

Os empregados de Sertãozinho voltaram ao trabalho na terça-feira (21), após diversas promessas de que os salários atrasados nos últimos meses serão pagos em 5 parcelas até a segunda quinzena de agosto. Em Piracicaba a greve continua pelo menos até o dia 27.

Sobre a possível união da compahia ao PPE, o diretor do sindicato dos metalúrgicos, João Carlos Ribeiro, disse que precisa analisar melhor o assunto. “Qualquer opção que vier, o sindicato está pronto para o diálogo. O que não dá é para trabalhar sem receber nada”, disse.

Fonte: Expresso MT

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