quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Usiminas encerra trabalho da usina de Cubatão



A Usiminas, maior fabricante de aços planos da América Latina, irá fechar a usina de Cubatão em 31 de janeiro. Com a paralisação, milhares de trabalhadores devem ficar sem emprego, colocando em risco toda a economia de Cubatão.

A notícia de que os setores primários da Usiminas seriam paralisadas foi dada no dia 29/10/2105, por meio da imprensa. Desde tal anúncio, duas manifestações e cinco reuniões foram realizadas entre o sindicato dos trabalhadores e a companhia.

"Durante esse procedimento, a Usiminas em nenhum momento realizou alguma proposta que pudesse ser realmente considerada pelos empregados", diz presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista.

Como o fechamento é temporário, os trabalhadores fizeram uma proposta para que os trabalhos pudessem ser preservados, com opções como férias coletivas e licença remunerada. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos disse que a empresa não respondeu à tal proposta.

"Minha área praticamente fechou. Todo mundo foi mandado embora. Na minha área chegou a ter mais de 300 trabalhadores", conta Wagner Dias de Almeida, que trabalhou na Usiminas por 9 anos.

A Usiminas estima que pelo menos 4.000 trabalhadores, entre efetivos e terceirizados, serão mandados embora. Mas esse número pode ser muitíssimo maior. "Nós estamos falando de mais de 30.000 empregados mandados embora, dentro e fora da usina", disse Florêncio Rezende de Sá.

O anúncio de tais demissões tem tirado o sono de várias pessoas. Além dos metalúrgicos, os comerciantes também estão demasiadamente preocupados. "Se a pessoa tem trabalho, é claro que ele vem e adquire  no comércio, fomenta o comércio, movimenta. Se ninguém tem trabalho, as pessoas vão ter que sair", disse Antônio Teixeira Gomes, presidente da Associação do Comércio e da Indústria de Cubatão.

Amanhã terá mais uma reunião entre os empregados e Usiminas, com a participação do Ministério Público. "Pode ser que tenha alguma luz no fim do túnel", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.
Usiminas
Fonte: Rede Brasil Atual

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